O conjunto habitacional de Paranhos é uma intervenção no interior de um quarteirão de uma zona urbana consolidada. A intervenção recupera
Localiza-se no interior de um quarteirão, na freguesia de Paranhos e apresenta apenas um ponto de ligação à via pública. Este irá garantir as acessibilidades pedonais e de viaturas ao seu interior, segundo uma morfologia de transição entre unidades urbanas em tecido consolidado. A operação urbanística bem essa realidade, pois pretende recriar afastamentos regulamentares entre os conjuntos edificados, uma vez que a sua implantação reporta a um passado distante que terá permitido uma edificação contígua ao limite da propriedade.
A proposta tem como objetivo desenvolver um edifício multifamiliar com tipologias que se adequem às necessidades comuns presentes no mercado imobiliário para a cidade do Porto e para o local, onde a presença do Polo 2 da Universidade do Porto produz uma influência significativa e uma decorrente pressão imobiliária. O contexto envolvente apresenta alguma diversidade e é marcado por uma ocupação maioritariamente habitacional, com tipologias que oscilam entre moradias isoladas, geminadas e edifícios de habitação coletiva.
A implantação do conjunto implica a recomposição do imóvel atual, com uso industrial e demais edificações de apoio. No projeto recuperamos a imagem da fachada principal, procurando vincar o papel que os diferentes tempos e usos possuem na cidade.
A proposta origina uma nova construção com dois corpos dominantes, com desenvolvimento paralelo entre si, com cércea de implantação equivalente a quatro pisos, alinhada com a mesma de referência que corresponde ao ponto de acesso da rua, que impõe urbanisticamente limites de cérceas.
Os volumes propostos estão desenhados em pilotis, mas não só pela natural contaminação do funcionalismo arquitetónico se não antes porque o terreno possui a salvaguarda hídrica de não ser adequado para a construção de caves. Assim, optou-se por não interferir nos níveis freáticos e propor uma solução que só tocasse o solo quando estritamente necessário.
A construção dos corpos, longilíneos, correspondem ao uso da habitação multifamiliar em linha, conjugando na zona central os acessos verticais e as áreas comuns do condomínio. O espaço de conexão entre volumes coincide com um edifício pré-existente a manter.
Os pisos de habitação são semelhantes pelos que os seus programas funcionais são idênticos, dominando a tipologia T1 K, seguida de unidades T2 e T0, com um desenho fluido, polivalente, e adaptável a diferentes vivencias, desde o estudante à família tradicional.
LOCAL:
Rua do Coronel Almeida Valente
ANO:
Em Curso
PROGRAMA:
Habitação Colétiva
AUTOR:
Avelino Oliveira e Jorge Toscano
EQUIPA:
Juliana Cruz, Catarina Marques, Márcia Monteiro, Victor Ruchet, Rita Moutinho
especialidades: OMEGA Engenharias
3D:
SGINT